Policiais prendem agressor por descumprimento de medida protetiva

Mais uma prisão por descumprimento de Medida Protetiva de Urgência (MPU) foi registrada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) no último fim de semana. A vítima integra o Serviço de Proteção à Mulher, em que ela e o agressor eram monitorados. O autor foi preso em flagrante, cerca de 15 minutos após acionamento da Polícia Militar, em Taguatinga, no último sábado (20). Ele foi encaminhado à 12ª Delegacia de Polícia, localizada na área central da região administrativa.

Após violar a área de exclusão determinada pelo Judiciário, servidores da Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) entraram em contato com o agressor, que recebeu a tornozeleira no mesmo dia do fato, por volta das 14h.

Ele não cumpriu os alertas, via telefone, feitos pelos servidores para que ele se retirasse do local. Com isso, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionado e encaminhou a viatura mais próxima para efetuar a prisão. A ação foi rápida e ele não conseguiu se aproximar da vítima.

A ação mostra a importância e a eficiência do monitoramento de vítimas realizado pela pasta, como afirma o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. “Nossos servidores acionaram a Polícia Militar, imediatamente após o autor se negar a deixar a área de exclusão, ou seja, o espaço que ele não poderia adentrar, de acordo com determinação judicial. O autor foi preso em cerca de 15 minutos, o que mostra a efetividade do monitoramento. Parabenizo e agradeço o esforço de todos os envolvidos”.

Em pouco mais de dois anos de funcionamento, nove agressores foram presos por descumprimento de medidas. Nos demais casos, não foi necessário realizar prisões, o que mostra a efetividade do sistema, como afirma o titular da SSP. “O suporte e proteção às protegidas por meio da tecnologia e do olhar atento de nossos servidores é essencial para maior segurança dessas mulheres, o que indica que os protocolos criados pela Segurança Pública para protegê-las têm sido eficazes”, completa Avelar.

A DMPP e o Copom funcionam no mesmo espaço físico. A proximidade das instituições contribuiu para maior celeridade do atendimento, como explica o secretário Executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury. “Numa ação como essa, o tempo de resposta é essencial. A proximidade dos órgãos, que funcionam em um mesmo espaço, facilita o atendimento”, pondera.

Monitoramento de vítimas

O Serviço de Proteção à Mulher é utilizado a partir da determinação do judiciário local. Ele é oferecido às vítimas de violência doméstica com Medida Protetiva de Urgência (MPU) em vigor, e implementado por meio de decisão de deferimento de medida cautelar de monitoração eletrônica, após o aceite por parte da vítima. Neste caso, a vítima de violência recebe um dispositivo que poderá ser acionado sempre que a pessoa se sentir em perigo. Uma tornozeleira eletrônica também é instalada no agressor.

Ambos são monitorados de forma simultânea e 24 horas por dia, diretamente do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), por meio da Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP). O monitoramento ocorre por meio da tecnologia de georreferenciamento e tem abrangência em todo o DF. “Atualmente, 43 mulheres e 49 agressores são monitorados por meio do dispositivo. Desde a criação, já foram 357 monitorados”, enfatiza a diretora da DMPP, Andrea Boanova.

*Com informações da SSP

Fonte: Agência Brasília

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