COP 28: UE promete ajuda substancial a fundo de danos climáticos

A União Europeia (UE) fará contribuição financeira “substancial” para um novo fundo internacional destinado a combater a destruição causada pelas mudanças climáticas, informou a Comissão Executiva da UE nesta segunda-feira (13).

O primeiro fundo mundial de “perdas e danos” climáticos deverá ser lançado durante a cúpula climática COP 28 das Nações Unidas, a ser realizada de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

“O comissário está pronto para anunciar uma contribuição financeira substancial da UE e de seus Estados-membros para o fundo de perdas e danos na conferência, no contexto de um resultado ambicioso”, disseram a Comissão Europeia e o novo presidente da COP 28 dos Emirados Árabes Unidos em declaração conjunta, referindo-se ao comissário climático Wopke Hoekstra.

A UE não especificou o tamanho da contribuição planejada.

O bloco de 27 nações também pretende comprometer-se com o financiamento na COP 28, para ajudar os países a cumprir a promessa de triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030, segundo comunicado.

O financiamento é uma das maiores questões nas negociações climáticas anuais da Organização das Nações Unidas (ONU). A iniciativa da UE poderá incentivar outros acordos na cúpula, onde os países considerarão a possibilidade de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis e tomar outras medidas para reduzir as emissões.

Nas negociações climáticas da ONU do ano passado, os países concordaram em lançar o fundo de danos climáticos, acordo considerado um avanço pelas nações em desenvolvimento, que há muito tempo exigem apoio para lidar com os danos causados pelo clima, como secas, inundações e elevação dos mares.

Até agora, nenhum país fez uma promessa financeira específica para o fundo, embora alguns tenham demonstrado interesse.

O enviado dos EUA para o clima, John Kerry, disse que Washington colocará “milhões de dólares no fundo na COP”, durante o Fórum de Nova Economia da Bloomberg, em Cingapura, na semana passada.

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Fonte: Agência Brasil

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