O turismo gastronômico é forte no estado de São Paulo e repleto de comidas típicas em todas as suas regiões. Essa modalidade de turismo serve, muitas vezes, de motivo para as viagens que vão além da contemplação de paisagens e da interação dos atrativos. O patrimônio alimentar local é um chamariz para os turistas que sentem prazer e são privilegiados por conhecer novos sabores. São experiências gratificantes que fazem valer uma viagem, até as mais distantes.
A diversidade e a excelência dos pratos paulistas provocam o ensejo das viagens frente a cardápios que sempre dão muita água na boca. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o estado de São Paulo dispõe de 365.429 restaurantes e 167.101 bares, totalizando 532.530 estabelecimentos para todos os gostos e bolsos.
Ainda de acordo com a entidade, o segmento movimenta R$ 250 milhões por ano no país e se tornou uma das principais motivações de viagens, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT). Com a crescente popularidade dos restaurantes, eventos culinários e programas de televisão dedicados à culinária, a gastronomia tem um impacto econômico cada vez mais significativo e importante, pois fornece trabalho e alimento para milhões de pessoas.
Um alimento que é quase unânime quando o tema é sabor, com certeza, é o pão, que é o mais antigo, mais sagrado e o mais democrático, pois o pão é da vida e as padarias são lugares muito concorridos e evoluíram ao longo dos anos.
Por isso, em parceria com o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan), a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) destacou as 150 melhores padarias paulistas e assim surgiu o Guia Turístico das Padarias do Estado de São Paulo. Acesse o guia no link: www.turismo.sp.gov.br/guia-turistico-das-padarias.
Cupim Casqueirado
Falando em preferência, uma cidade concorrida em nome de sua gastronomia é Araçatuba, a 518 km da capital paulista, e que ficou muito conhecida por conta da criação do prato intitulado Cupim Casqueirado. Há décadas, esse é o prato que é a cara de Araçatuba, e é o mais pedido nos restaurantes.
Em meses de alta temporada e férias, os estabelecimentos chegam a vender seis toneladas de cupim por mês, o que marca a sua gastronomia e dinamiza o turismo e a economia local.
O cupim é uma carne específica do Brasil, principalmente desta região, por conta da alta presença da raça Nelore e Zebuína e existe em Araçatuba há mais de 35 anos. Tem mais: sempre vem acompanhado de mandioca, salada (rúcula, tomate e cebola), molho, farofa e vinagrete. Outro bom atrativo deste destino para os visitantes é a Prainha, na verdade, a Praia Municipal Milton Camargo, uma opção de lazer da cidade que se aproveita da água do Rio Tietê.
Espeto de Rojão
Muito procurado, o Espeto de Rojão é uma iguaria culinária típica de Ribeirão Grande, município do interior do Estado de São Paulo, a 239 km da capital. Este famoso prato é feito à base de carne suína – geralmente pernil ou lombo – amarrada a um espeto de madeira de eucalipto com o formato sugestivo de um cilindro de fogos de artifício, donde advém seu nome.
O Espeto de Rojão deve ser assado em braseiro. Esta tradição começou há mais de 150 anos no município e foi mantida pelos descendentes dos criadores da receita, com grande destaque na culinária regional. É reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Ribeirão Grande por fazer parte da história e cultura das famílias ribeirão grandenses e devido à visibilidade que este prato típico agrega ao nome do município, promovendo seu reconhecimento e o aumento do fluxo de turistas.
Mais um atrativo, desta vez natural, em evidência desta cidade, são os Encanados de Ribeirão Grande, que são estruturas ou muralhas de pedras construídas nas margens dos rios e ribeirões onde eram feitas as lavagens do ouro. Trata-se da maior evidência da antiga exploração de ouro do período colonial deixada pelos antepassados na região.
Coxinhas Douradas
Famosas são as Coxinhas Douradas de Bueno de Andrada, distrito de Araraquara a 273 km da capital, um lugar com uma estação ferroviária, uma igreja e uma pracinha que ficou famoso depois do escritor Ignácio de Loyola Brandão publicou uma crônica sobre as coxinhas.
Desse dia em diante, Bueno de Andrada virou sinônimo de coxinhas douradas. A pequena mercearia do interior virou reportagem em diversos sites e em programas de televisão sobre culinária.
São quase 20 sabores de coxinha, desde a tradicional de frango, que por sinal é a mais famosa, até sabores diferentes. Entre as diferentes, a de frango sem colorau, pernil com bacon, brócolis com catupiry e outras. Este destino está localizado a 11km da cidade de Araraquara. Tem 1.700 habitantes, mas é bastante movimentado. Um dos locais que geram o movimento é o famoso Bar e Mercearia Freitas, que vende as Coxinhas Douradas.
Trata-se de uma coxinha diferente. Preparada com recheio abundante e temperos especiais. Crocante por fora, mas com massa macia por dentro. A mais atraente aos olhos e saborosa ao paladar. E, para fomentar o potencial turístico da cidade e o cicloturismo na região, foi construído um ponto de encontro para os turistas que visitam o distrito, com foco nos ciclistas. As melhorias abrangem uma área de mil quadrados, valorizando o ambiente histórico no entorno da estação ferroviária.
Linguiça Artesanal
Bragança Paulista, município a 82 km da capital paulista, é bem destacada por ser a Capital Nacional da Linguiça Artesanal. O título se deve pela tradição e pela qualidade de seus produtos. Criado em 2011, o festival é hoje o maior evento gastronômico de Bragança Paulista. Organizado pela Associação dos Produtores de Linguiça de Bragança Paulista (ALBRAG), o evento apresenta ao público as maiores novidades e inovações na produção de linguiças artesanais e uma vasta opção de pratos, lanches e petiscos. Todos eles criados com um ingrediente obrigatório: a Linguiça de Bragança.
Neste destino há linguiça de todos os tipos: com pimenta, sem gordura, com alho, ou ainda, com ervas, por exemplo. Vale saber que elas são servidas em sanduíches, hambúrgueres, escondidinhos, tapiocas, entre outros tipos de pratos.
O festival acontece sempre no mês de setembro no recinto do Posto de Monta e reúne dezenas de produtores da famosa especiaria, recebendo perto de 30 mil pessoas e comercializando mais de mil quilos de linguiça nos dias de festa. A entrada é gratuita.
Considerado o cartão postal de Bragança, o Lago do Taboão é ponto de encontro de esportistas, amantes da natureza, estudantes e pessoas que apreciam boas baladas e happy hours. Com pista de cooper, ciclismo, praças de esporte, anfiteatro aberto e muitas árvores, ao longo de seus quase três mil metros de extensão, é o local ideal para quem procura lazer, sossego e diversão.
Circuito das Frutas
As frutas são um capítulo à parte da boa gastronomia pelo Estado de São Paulo. Em um levantamento realizado junto aos empreendimentos produtivos na região do Circuito das Frutas, foram identificados mais de 100 tipos de frutas, em produção, muitas delas em pouca escala, mas que compõem a experiência turística oferecida na região.
O Circuito, que é um conhecido e procurado roteiro turístico, é formado por 10 municípios: Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo. Eis as principais frutas desta região: Acerola, Ameixa, Amora, Caqui, Figo, Goiaba, Jabuticaba, Lichia, Maracujá, Morango, Nectarina, Pera, Pêssego, Ponkan, Seriguela e Uva Niágara.
Como todos os municípios deste Circuito são próximos à Capital, é possível visitar mais de uma cidade em um só dia, num perfeito bate-e-volta, e passar o dia no campo e até colher frutas direto do pé. São divertidos e belos passeios juntos à natureza.
Capital paulista: gastronomia diversa
A gastronomia é um fator preponderante de engrandecimento da capital, com mais de 11 milhões de habitantes, e de acordo com o relatório World’s Best Cities, realizado pela consultoria Resonance Consultancy, o município de São Paulo foi eleito o terceiro melhor destino gastronômico do mundo.
Sendo um polo gastronômico gigantesco com muitas influências culturais, respira e inspira culinária diariamente. Eventos, festas, solenidades em geral expandem paladares e colocam a cidade em destaque no panorama mundial.
Conta a história que a típica comida de São Paulo tem suas raízes na mistura das influências dos indígenas, portugueses e africanos. Depois, principalmente do final do século 19 para frente, o caldeirão paulista foi ganhando e se apropriando de ingredientes e pratos trazidos pelos diversos imigrantes que foram se fixando por aqui.
O polpetone dos italianos, o cuscuz dos nordestinos, as esfihas dos árabes e o cupim na telha dos bandeirantes são apenas alguns exemplos que mostram como a culinária paulista tradicional é diversa, saborosa e muito procurada. São Paulo tem algumas tradições culinárias: quartas e sábados são dias de feijoada; domingo e quinta as massas são as estrelas e sexta os pescados são os eleitos. Já o tradicional prato que protagoniza o almoço dos paulistanos às segundas-feiras agora é, oficialmente, um patrimônio.
O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) reconheceu o Virado Paulista como patrimônio cultural imaterial, de modo a preservar esta tradição e fortalecer sua importância para a história do estado.
Suas origens, segundo registros, foram as expedições dos bandeirantes. Desde então, e até hoje, é preparado com arroz, tutu de feijão, bisteca, ovo frito, torresmo e banana frita.
Grande certeza: estas são as comidas típicas de São Paulo, as mais procuradas e consumidas tanto por moradores, como por visitantes: Sanduíche de Mortadela, Comidas Árabes, Coxinha, Pizza, Pastel de feira, Pão na Chapa, Hambúrguer, Picadinho de Carne, Polpetone, Cuscuz Paulista, Virado Paulista, Sanduíche de Pernil e Brigadeiro.
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