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Estudantes da rede pública exploram Brasília com instalação lúdica sobre arquitetura modernista

Crianças e adolescentes da rede pública de ensino do Distrito Federal (DF) tiveram a oportunidade de ver a capital federal por um ângulo diferente nesta terça-feira (12). Por meio da obra De Ver Cidade – Brasília Numa Caixa de Brincar, 20 estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 301 do Recanto das Emas participaram da iniciativa, que une arquitetura, urbanismo e educação patrimonial com blocos móveis inspirados em elementos icônicos da cidade e nas curvas de Oscar Niemeyer.

A instalação lúdica e interativa estimula a imaginação, a reflexão sobre a cidade e promove a educação patrimonial entre os jovens. A iniciativa conta com investimento de R$ 100 mil do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF) e poderá ser visitada até 1º de dezembro na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). A entrada é gratuita.

“Faz parte da nossa missão receber esse tipo de obra. Estamos em Brasília, uma capital moderna, e termos essa iniciativa é uma forma de mostrar para os pequenos e adultos também sobre educação patrimonial e as belezas da nossa cidade sob todos os ângulos”, ressalta a diretora da BNB, Marmenha Rosário.

Os estudantes do CEF 301 do Recanto das Emas participaram da visita guiada para descobrir Brasília de um jeito diferente. A vista da cidade por dentro de uma caixa chamou a atenção do aluno Juan Snider Estevão Vieira, de 11 anos. “É a segunda vez que venho à Biblioteca Nacional e está sendo muito legal porque tem várias coisas novas. A caixa de que eu mais gostei é a que tem um olho mágico que dava para ver algumas fotos. Eu não conhecia nada disso”, compartilhou Juan.

De acordo com a idealizadora da obra, Luênia Guedes, o objetivo era fazer uma exposição atrativa para as crianças sob o ponto de vista da arquitetura de Brasília: “As escalas do plano urbanístico da cidade foram o que inspiraram a pensar no projeto. Para a criançada, muitas coisas viram brincadeira, como falar no interfone e olhar pelo olho mágico. A ideia era mostrar o potencial da cidade para a brincadeira e ao mesmo tempo repassar alguns conceitos de educação patrimonial”.

Para a professora dos alunos dos 3º e 4º anos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 301 do Recanto das Emas, Kelly Cristina Silva dos Reis, a visita à exposição facilita a absorção do conteúdo repassado dentro de sala de aula: “Ajuda muito porque estamos ensinando os itinerários de Brasília, trazendo sempre aspectos geográficos e culturais. Então, eles conseguem ver na prática como é a cidade onde moram, os pontos turísticos e os monumentos”.

As escolas que desejam participar do circuito podem agendar a visita entre segunda e sexta-feira, às 9h e às 14h30, com capacidade para até 40 estudantes por horário. As instituições de ensino devem entrar em contato pelos perfis no Instagram do Entrevazios e do Todo Público. Também estão abertos para grupos de idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A expectativa é receber cerca de 1,6 mil estudantes de escolas ou instituições agendadas durante toda a programação, além da visitação espontânea da Biblioteca Nacional de Brasília.

Além das visitas escolares, o projeto oferece ações acessíveis, como audiodescrição e interpretação em Libras, e inclui transporte gratuito para instituições públicas, conforme disponibilidade. A coordenadora do projeto e a diretora da Biblioteca Nacional também vão comentar sobre o impacto cultural da exposição e a relevância do FAC para ampliar o acesso a experiências culturais na formação dos jovens da capital.

Fonte: Agência Brasília

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