Saúde promove treinamento em neuropatia diabética e complicações nos pés

Um treinamento em procedimentos de neuropatia diabética e complicações nos pés reúne desde quinta-feira (11), no auditório da Fiocruz, 85 profissionais de saúde, entre endocrinologistas, cirurgiões vasculares e enfermeiros. Fruto de parceria entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, a iniciativa tem o objetivo de prevenir problemas e amputações relacionadas ao diabetes.

Na abertura do evento, a presidente da SBD-DF e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão arterial (Cedoh), Alexandra Rubim, ressaltou que a capacitação é fundamental para aprimorar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes da rede pública de saúde.

“Segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular, entre 2012 e 2022, ocorreram 245 mil amputações no SUS, muitas delas relacionadas ao diabetes”, pontuou a médica. “Em 2022, houve 35 mil amputações, o que significa que, a cada dia, 85 brasileiros perderam o pé, a perna ou ambos. Por isso é muito importante detectar precocemente o pé em risco e tratar adequadamente as pessoas com essa patologia.”

Referência técnica distrital (RTD) na área, a endocrinologista Flávia Franca enfatizou a importância do treinamento: “É fundamental capacitarmos os profissionais da Atenção Primária e Secundária no cuidado dos pacientes. Existem casos que poderiam ter tido um desfecho melhor com uma condução mais adequada. Ações de educação continuada são essenciais para disseminar esses conhecimentos entre as equipes de saúde”.

Programação

Dividida em dois turnos, a programação do primeiro dia contou com um ciclo de palestras e debates sobre temas relacionados à doença. Um dos tópicos abordados foi o diagnóstico da neuropatia e complicações nos pés de pessoas com diabetes, apresentado pela vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, Hermelinda Pedrosa. 

“A pessoa pode descobrir a doença apenas quando surgem complicações, sendo a neuropatia uma das mais comuns, especialmente na fase pré-diabética”, explicou a endocrinologista. “Por isso, devemos identificar esses pacientes não só para confirmar o diagnóstico, mas também para verificar se já apresentam alguma complicação ao descobrir a doença.”

Para a enfermeira Amanda Rocha, residente da Fiocruz, a capacitação é essencial: “Como enfermeira na Atenção Primária, lidamos frequentemente com pacientes diabéticos e suas complicações. Debater esses temas é importante para que possamos fazer um diagnóstico precoce e um manejo adequado”. 

Nesta sexta (12), quando a capacitação será encerrada, os participantes terão palestras e oficinas que envolvem temas como doença arterial periférica, cuidados com úlceras e manejo da neuropatia na prática diária.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF

 

Fonte: Agência Brasília

spot_img