Fortalecimento de políticas públicas tem foco em gestão dos recursos hídricos, saneamento e programas de despoluição e manutenção dos rios
Nesta quarta-feira (22) é celebrado o Dia Mundial da Água. A data comemorativa foi criada para conscientizar a população de todo o planeta sobre a importância desse recurso natural para a manutenção da vida – seja ela humana, animal ou vegetal – e a preservação dos diversos ecossistemas.
E é com base nessa premissa de perpetuação e uso consciente da água, além da conservação ambiental, que o Governo de São Paulo trabalha para formular uma política pública voltada para gestão dos recursos hídricos, com ações de despoluição e serviços de saneamento básico.
A gestão estadual tem avançado em projetos de abastecimento, coleta e tratamento de esgoto e projeta investimentos de R$ 26 bilhões nos próximos 5 anos por meio da Sabesp. Apenas em 2023, o plano de investimentos da Sabesp prevê R$ 5 bilhões em ações nessas áreas, com quase a metade deste montante voltado para ações de coleta de esgoto.
Mas não só. O governo também mantém instrumentos e ações como “Água para Cidades Resilientes”, na qual são apoiados os governos locais para ações coordenadas frente às mudanças climáticas, com o objetivo de implementar integralmente os 17 objetivos da Agenda 2030 da ONU, em que a água aparece como elemento central.
Despoluição dos Rios Pinheiros e Tietê
Em outra frente, uma das principais metas da gestão estadual é dar continuidade aos projetos de despoluição e melhoria da qualidade da água dos rios. O processo prevê integrar ainda mais ações de saneamento, gestão dos resíduos sólidos, desassoreamento de rios, controle do uso e ocupação do solo, fiscalização de fontes de poluição e das áreas de preservação ambiental.
Na bacia do rio Pinheiros, por exemplo, cerca de 650 mil imóveis foram conectados ao sistema de tratamento de esgoto. Nos locais onde não foi possível passar os coletores, a exemplo de áreas informais, foram construídas cinco Unidades Recuperadoras para retirar os efluentes diretamente nos córregos.
Por meio do desassoreamento, foram retirados 833.342 metros cúbicos de sedimentos e removidas 100 mil toneladas do lixo flutuante, como sacolas plásticas e garrafas pet. As margens do rio receberam ainda novas áreas de lazer como parque, ciclovia e espaços de convivência.
O Projeto Tietê, realizado pela Sabesp, já levou coleta e tratamento de esgoto para mais de 12 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo desde que foi iniciado, e ampliou o índice de coleta de esgoto que era de 70%, e hoje já passa de 90%. Já o tratamento do esgoto coletado saltou de 24% para 85%. desde o início do projeto.
Paralelamente às ações de despoluição do Tietê, o Governo de SP amplia as ações de manutenção e limpeza. Entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, um trabalho de desassoreamento realizado pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), removeu 64 mil metros cúbicos de sedimentos em 41 quilômetros do rio na capital e cidades da Região Metropolitana. O volume é 3,3 mil metros cúbicos maior do que foi retirado no mesmo período em 2022.
As ações de saneamento na bacia e de desassoreamento no rio Tietê são essenciais para a melhora da qualidade da água, para o aumento da capacidade de escoamento do canal e para evitar enchentes, em caso de chuvas intensas. Em 2022, esse trabalho resultou na remoção de 624,6 mil m³ de sedimentos, além de mais de 6,5 mil pneus retirados do canal nesse processo, ao longo de 61,9 quilômetros do rio em São Paulo e outros municípios da Região Metropolitana.