Os atletas apoiados pelo Governo de SP conquistaram 42 medalhas de ouro em cinco dias na competição em Santiago, no Chile
Os atletas do Time São Paulo Paralímpico completaram o quinto dia dos Jogos Parapan-Americanos 2023 com 42 medalhas de ouro. A equipe criada pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) já soma 71 medalhas para o Brasil, que é líder do quadro geral.
Além disso, os 61 atletas do Time SP que participam do Parapan já conquistaram 18 medalhas de prata e 11 de bronze.
Os medalhistas do time apoiado pelo Governo de São Paulo competiram nas modalidades de atletismo, bocha, ciclismo, halterofilismo, judô, natação e tênis de mesa. As conquistas representam cerca de 30% do quadro geral de medalhas do Brasil, que já reúne 243 medalhas, sendo 113 de ouro, 63 de prata e 67 de bronze.
Veja abaixo alguns paratletas que trouxeram medalhas de ouro para o Brasil:
A ituense Mariana D’Andrea foi uma das responsáveis por carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura do Parapan. A atleta de 25 anos tem nanismo e é líder do ranking mundial de halterofilismo em sua classe. Conquistou o ouro no Parapan de Lima, em 2019, e agora levou o bicampeonato no Chile. Mariana é a atual campeã paralímpica e ganhou diferentes torneios mundiais.
Talisson Glock bateu o recorde parapan-americano e foi campeão de natação nos 400m livre da classe S6. Talisson é catarinense e perdeu o braço e a perna em um acidente na infância. O atleta de 28 anos chegou aos Jogos Parapan-Americanos deste ano com 11 medalhas conquistadas em três edições, sendo duas de ouro, e 5 medalhas paralímpicas obtidas em 2016 no Rio e em 2020 em Tóquio, onde foi campeão paralímpico nos 400m livre. No recente Mundial de Manchester, o nadador foi ouro nos 400m livre, prata nos 100m livre e no revezamento 4x50m livre e bronze no revezamento 4x100m livre.
Prata em Lima 2019, Esthefany Rodrigues bateu o recorde na prova dos 50m borboleta da classe S5 neste Parapan. A paulistana de 25 anos nasceu com displasia epifisária, que causa um encurtamento dos braços, pernas e tronco, e treina natação desde a infância. Ainda sem medalhas em Paralímpiadas, Esthefany já havia conquistado 10 medalhas nos dois Parapan-Americanos dos quais participou, e conseguiu um ouro em cada um deles.
Um recorde mundial também foi quebrado durante os Jogos Paralímpicos – Elizabeth Gomes quebrou de novo sua própria marca no arremesso de disco da classe F53 durante este Parapan. A atleta de 58 anos já alcançou 40 recordes. Beth era jogadora de vôlei até descobrir a esclerose múltipla. Ela voltou às quadras com o paradesporto, no basquete em cadeira de rodas, pelo qual participou de uma paralimpíada. Hoje é multicampeã no arremesso de peso e de disco, modalidade em que é tricampeã parapan-americana e atual campeã paralímpica.
O judoca Harlley Pereira conseguiu sua primeira medalha de ouro em um Parapan após conquistar três bronzes nas demais edições da competição. O mineiro de 44 anos ficou cego após um acidente e começou a praticar judô paralímpico há 20 anos.
Aos 33 anos, Joyce Oliveira conquistou o bicampeonato de tênis de mesa para cadeirantes em duas categorias, individual e dupla mista. A atleta nasceu em Jundiaí e, após uma fatalidade em sua infância, se tornou paraplégica. Ela conheceu o paradesporto em São Paulo e conseguiu medalhas do Parapan-Americano desde 2007, quando conquistou bronze por equipes.