Exame é realizado nesta terça (12) e quarta (13) em presídios do estado; número de inscritos aumentou 11% em 2023
O Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) é realizado nesta terça (12) e quarta (13) nos presídios de São Paulo. Foram inscritos 21.721 presos, o que significa um aumento de quase 11% se comparado ao ano passado.
O Enem PPL possibilita a entrada no ensino superior por meio de iniciativas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade Para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
A avaliação de desempenho tem a mesma dificuldade da aplicada aos estudantes do ensino regular fora dos presídios. O exame foca nos reeducandos que concluíram o ensino médio e é composto por quatro provas, que juntas somam 180 questões, e uma redação em língua portuguesa.
De acordo com Diego Ferracini Lacerda, diretor do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, órgão ligado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a preparação para o Enem no sistema prisional tem como objetivo criar as condições favoráveis para a participação no exame, ampliando as possibilidades de um bom desempenho.
“O ingresso no ensino superior contribui para mais oportunidades de inclusão e permanência no mercado de trabalho ocupando melhores vagas e com remuneração maior. As notas alcançadas nas provas podem ser utilizadas para acesso em instituições públicas ou privadas, abrindo novos horizontes para o desenvolvimento pessoal e comunitário”, explica.
A realização é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e, além de auxiliar para a chegada à universidade, também colabora para análise da educação como um todo.
Além das aulas do ensino regular, ofertadas pelas escolas vinculadoras, a SAP, por meio da formalização de um Acordo de Cooperação com Instituto SEB promoveu um cursinho preparatório específico para a prova com aulas a distância que contou com 1.142 participantes, entre pessoas privadas de liberdade e em medida de segurança, distribuídos em 33 unidades.